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segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Gruta

Tive uma avaliação na Baixa, mais própriamente próximo do Elevador da Glória. Uma zona pavorosa q me traz à memoria aquela má recordação do dia em q c/ os meus colegas das finanças me roubaram o meu Nokia ultimo modelo e me fizeram andar a correr atrás sem ninguém se ter dignado a ajudar. E bastava ter estendido um pé matreiro ... Fui de pé atrás. Saí na Estação do Metro dos Restauradores q agora c/ a Loja do Cidadão logo ali, transforma um simples passagem numa prova de slalom. Subi a Calçada da Glória desviando-me dos 2 eléctricos que só são elevadores pq elevam as pessoas até S. Pedro de Alcântara, e lá cheguei a uma rua estreitinha, onde não se via viv'alma. Eu c/ as minhas manias de chegar cedo! Tinha ainda 1/2 hora o q me estava a parecer uma eternidade desesperadora. Comecei a andar, afinal sp era melhor do q estar ali especada, ainda p/ cima tendo por pano de fundo uma pensão familiar (sp me questionei s/ este tipo de pensões. Será q é p/ ir c/ a família? Será q a dona nos trata como família?) e fui aterrar literal/ num pequeno café de toldo amarelo no Largo q faz a confluência da R: De Stº António da Glória c/ a Travª do Fala-Só, de seu nome " A Gruta", com uma esplanada confinada a 3mesas sobranceiras a umas escadas tipicamente bairristas avistando-se ao fundo parte do Castelo. A dona, uma senhora de aspecto humilde, educada e simpática, servindo-me um café pôs-me logo à vontade p/ ali ficar o tempo q entendesse. O seu neto, rapazito dos seus 7/ 8 anos, corria escada acima, escada abaixo, fazendo paragens para ir falar com um mendigo velhote que ali se encontrava, indo de quando em quando dar-lhe uma bucha ou uma cervejola bem fresquinha. A brisa corria suavemente atenuando o calor do dia. A passagem de carros era feita de tempos a tempos. Senti-me num oásis perdido, outro que descobri para juntar a tantos outros que descubro graças a estas minhas deambulações. E q de outra maneira nunca conheceria. Ou desfrutaria. Nem se calhar me dariam tnt prazer como o q hoje experimentei.
Saí dali c/ a disposição renovada pronta p/ enfrentar o Mundo. Na estação dos Restauradores, parei frente aos magníficos painéis de azulejos da Nadir Afonso e detive-me a contemplá-los, como se fosse a 1ª vez q por ali passava. Foi o q toda a gente deve ter pensado de mim. E eu com isso. A quantidade de magnificência q nos passam ao lado, simplesmente pq estamos apressados, atrasados, mal dispostos, ou pq simples/ já nem ligamos. Deviamo-nos armar sp em turistas e ver qq sítio pelo qual passemos como se fosse a 1ª vez que por lá passamos e determo-nos nos detalhes, nos pequenos pormenores, aparentemente sem importância. Pq a vida é de facto uma composição de pequenos pormenores que formam um todo cujo conteúdo será mais rico conforme a maior ou menor quantidade de detalhes pormenorizados que tenham ficado retidos na memória e tenham sido vividos intensamente com a alegria própria de uma criança

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