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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A BRUXA QUE NÃO O QUERIA SER

Patuxa, era uma bruxinha que não gostava nada de ser bruxa. Detestava a cor preta e aqueles chapéus pontiagudos. Detestava ter que ir à escola das bruxinhas, onde lhe obrigavam a cozinhar aquelas poções mal cheirosas, e a aprender aqueles feitiços palermas. Detestava vassouras e aranhas provocavam-lhe nojo. O que Patuxa gostava mesmo, era de espreitar as meninas no parque infantil, vestidas om as suas roupas coloridas, com os seus cabelos bem penteados, com lacinhos e fitinhas a jogarem jogos divertidos e a brincarem com bonecas encantadas. Um dia, estava Patuxa com habitualmente escondida a espreitar as meninas a brincarem, quando uma voz doce lhe perguntou se ela também não queria ir brincar. Com medo que as outras meninas tivessem medo dela, a menina levou-a a casa dela, vestiu-lhe um vestidinho verde com riscas amarelas, penteou-lhe o cabelo e apanhou-o com um laço azul. Patuxa nem queria acreditar que era ela quando se olhou ao espelho. Parecia uma menina normal. E foi logo a correr brincar com as outras meninas que a acolheram como uma nova amiga. Nunca na vida Patuxa se sentira tão feliz. Ao fim da tarde, quando as meninas voltaram para as suas casas, não sem antes lhe fazerem prometer que voltaria no dia seguinte, Patuxa despiu as suas lindas e coloridas roupas, escondeu-as dentro de uma velha árvore oca, tornou a vestir o seu traje de bruxa, despenteou-se o mais possível e voltou para casa. E a partir daí, todos os dias voltava ao parque infantil para brincar com as suas amiguinhas. c

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